Igreja São José Carpinteiro

Igreja São José Carpinteiro
Sede do Grupo de Coroinhas Kairós

sexta-feira, 5 de abril de 2013

LITURGIA


Liturgia

Eis o que diz alguns parágrafos da Constituição “SacrossantumConcilium” sobre a sagrada liturgia.

PRESENÇA DE CRISTO NA LITURGIA
Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente em suaIgreja, e especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da missa,tanto na pessoa do ministro, pois aquele que agora se oferece pelo ministériosacerdotal é o “mesmo que, outrora, se ofereceu na cruz”, como sobretudo nasespécies Eucarísticas. Ele está presente pela sua virtude nos sacramentos, de talmodo que, quando alguém batiza, é o próprio Cristo quem batiza. Está presentena sua palavra, pois é ele quem fala quando na Igreja se lêem as SagradasEscrituras. Está presente, por fim, quando a Igreja ora e salmodia, ele que prometeu: “onde se acharem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20).
Realmente, nesta grandiosa obra, pela qual Deus é perfeitamente glorificado e os homens são santificados, Cristo sempre associa a si a Igreja, sua amadíssima esposa, que invoca seu Senhor, e por ele presta culto ao eterno Pai.
Com razão, portanto, a liturgia é considerada como exercício da função sacerdotal de Cristo. Ela simboliza através de sinais sensíveis e realiza em modo próprio a cada um a santificação dos homens; nela o corpo místico de Jesus Cristo, cabeça e membros, presta a Deus o culto público integral.
Por isso, toda celebração litúrgica, como obra de Cristo sacerdote e do seu corpo, que é a Igreja, é uma ação sagrada por excelência, cuja eficácia nenhuma outra ação da Igreja iguala, sob o mesmo título e grau.
LITURGIA TERRESTRE E LITURGIA CELESTE
Na liturgia da terra nós participamos, saboreando-a já, da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de Jerusalém, para a qual nos encaminhamos como peregrinos, onde o Cristo está sentado à direita de Deus, qual ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo; com toda a milícia do exército celeste entoamos um hino de glória ao Senhor e, venerando a memória dos santos, esperamos fazer parte da sociedade deles; esperamos pelo salvador, nosso Senhor Jesus Cristo, até que ele, nossa vida, se manifeste, e nós apareceremos com ele na glória.
A LITURGIA É O CUME E A FONTE DA VIDA DA IGREJA
Contudo, a Liturgia é o cume para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força. Na verdade, o trabalho apostólico ordena-se a conseguir que todos os que se tornaram filhos de Deus pela fé e pelo batismo, se reúnam em assembléia, louvem a Deus na Igreja, participem no sacrifício e comam a Ceia do Senhor.
A liturgia, por sua vez, impele os fiéis, saciados pelos “mistérios pascais”, a viverem “em união perfeita”, e pede que “sejam fiéis na vida a quanto receberam pela fé”. A renovação, na Eucaristia, da aliança do Senhor com os homens, solicita e estimula os fiéis para a imperiosa caridade de Cristo. Da liturgia, portanto, e particularmente da Eucaristia, como de uma fonte, corre sobre nós a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam como a seu fim todas as outras obras da Igreja.
É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena,consciente e ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da liturgia exige e à qual o povo cristão, “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido” (1Pd 2,9; cf. 2,4-5), tem direito e obrigação, por força do batismo.
A esta plena e ativa participação de todo o povo cumpre dar especial atenção na reforma e incremento da sagrada liturgia: com efeito, ela é a primeira e necessária fonte, da qual os fiéis podem haurir o espírito genuinamente cristão. Esta é a razão que deve levar os pastores de almas, em toda a sua atividade pastoral, a procurarem-na com o máximo empenho, através da devida formação.
Dia após dia, a liturgia vai nos transformando interiormente em templos santos do Senhor e morada espiritual de Deus, até a plenitude de Cristo, de tal forma que nos dá a força necessária para pregar Cristo e mostrar ao mundo o que é a Igreja, como a reunião de todos os filhos de Deus ainda dispersos até que se tornem um só rebanho, sob um único pastor.
O SACERDOTE
O sacerdócio é uma consagração de vida. A grandeza do sacerdócio atingiu o seu ponto máximo em Jesus Cristo, O Sacerdote por excelência. Os demais sacerdotes são “participantes” desse único e eterno sacerdócio de Jesus. Pois foi de Cristo que receberam tal poder, através dos Apóstolos, que têm nos Bispos seus legítimos sucessores.
O Concílio Vaticano II diz que o padre age “in persona Christi”, isto é, em lugar da pessoa de Jesus, o qual disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve, a mim ouve, e quem vos rejeita, a mim rejeita. E quem vos rejeita, rejeita o Pai que me enviou” (Lc 10,16). O padre é constituído tal por meio da imposição das mãos do Bispo sobre sua cabeça, proferindo a oração consagradora. Além de sacerdote, o padre é presbítero e profeta. Como sacerdote, administra os Sacramentos, preside o culto divino e cuida da santificação da comunidade; como profeta, anuncia o reino de Deus e denuncia as injustiças e tudo o que é contra o reino; como presbítero, o padre administra e governa a Igreja.
O mistério do sacerdócio da Igreja está no fato de que nós, míseros seres humanos, em virtude do Sacramento, podemos falar com seu «Eu»: «in persona Christi». Quer exercer seu sacerdócio por meio de nós. Este mistério comovedor, que em toda celebração do sacramento volta a nos tocar, recordamos de maneira particular na Quinta-Feira Santa. Para que o dia-adia não manche o que é grande e misterioso, necessitamos desta recordação específica, necessitamos voltar àquela hora na qual Ele pôs suas mãos sobrenós e nos fez participantes deste mistério.

O ALTAR
O Altar representa a mesa da Ceia do Senhor. Lembra também a cruz de Jesus, que foi como um “Altar” onde o Senhor ofereceu o Sacrifício de sua própria vida. Em geral, o altar fica num plano mais elevado, para ser visto por toda a Assembléia.
O Altar deve ter o sentido de uma mesa de refeição, para celebrar a Ceia do Senhor. É bom lembrar que se deve ter o máximo de consideração com a Eucaristia. Não se pode celebrar a Missa sobre uma mesa velha e suja, que a família nem usa mais. Para Deus se dá o que há de mais digno. Sobre o Altar vai a toalha, geralmente branca, comprida, com as pontas quase tocando o chão. Deve ser limpa, condizente com a grandeza da ceia do Senhor. Imagine como você prepararia a mesa, se fosse servir um banquete para ilustres convidados! Pois bem, a Missa é muito mais que isso.

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