Igreja São José Carpinteiro

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Sede do Grupo de Coroinhas Kairós

sexta-feira, 26 de abril de 2013

FORMAÇÃO SOBRE A BÍBLIA - ANTIGO TESTAMENTO - LIVROS HISTÓRICOS - PARTE II


GRUPO DE COROINHAS KAIRÓS
14ª FORMAÇÃO PARA OS CERIMONIÁRIOS
BÍBLIA – ANTIGO TESTAMENTO
LIVROS HISTÓRICOS - II

Josué
Segundo livro das Crônicas
Juízes
Esdras
Rute
Neemias
Primeiro Livro de Samuel
Tobias
Segundo Livro de Samuel
Judite
Primeiro Livro dos Reis
Ester
Segundo Livro dos Reis
Primeiro Livro dos Macabeus
Primeiro Livro das Crônicas
Segundo Livro dos Macabeus


TOBIAS – JUDITE – ESTER

Esses três livros apresentam um aspecto comum que deve ser caracterizado antes de passarmos a uma análise particular de cada um. Não são obras meramente históricas. A verdadeira intenção dos escritores é: servir-se de elementos históricos conhecidos como uma moldura, na qual se inseriram sob uma forma concreta, ensinamentos religiosos.
TOBIAS

O Livro de Tobias foi certamente escrito em aramaico na metade do século II a. C. O texto primitivo só nos foi conservado em versões gregas e latinas que por vezes discordam entre si, como indicam as variantes nas notas do texto. A história de Tobias tem uma grande importância religiosa. Caracteriza-se pela comovente história do ideal religioso de uma família israelita que primava pela fé. Apresenta-se a história como transcorrida na cidade de Nínive, no tempo do exílio.
Características: VIRTUDE – PIEDADE – FIDELIDADE.
JUDITE

O Livro de Judite não nos foi conservado em seu texto hebraico. Resta-nos apenas sua tradução grega.  O autor é ignorado. Pela descrição de uma situação concreta, a libertação de Betúlia, sitiada por Holofernes, general de Nabucodonosor, o autor quer demonstrar que a confiança em Deus, manifestada por fiel dedicação ao seu serviço, acaba triunfando de todas as potências terrestres, por mais temíveis que sejam.

ESTER

O Livro de Ester, cuja parte principal subsiste ainda em hebraico, contém uma série de suplementos escritos em grego assaz tardio. Para explicarmos de onde vem esses suplementos, podemos pensar numa tradução independente do texto primitivo ou numa adição de data mais recente.
São Jerônimo quando traduziu a Bíblia para o latim (fim do século 4º da nossa era), colocou esses suplementos num apêndice. Nossa tradução reproduz fielmente essa disposição, explicada nas notas que acompanham o texto.
O autor é desconhecido. Podemos supor que ele tenha vivido no fim do século quarto a. C. O livro retrata época persa, durante a qual os judeus eram dominados e oprimidos por estrangeiros.
Lemos aí o célebre episódio do decretado morticínio dos judeus, frustrado pela intercessão da rainha Ester, ao qual se seguiu a tremenda vingança, cruel e violenta, por parte dos judeus.
O autor parece ter querido inculcar o leitor, de um lado a ideia de que Deus salva seu povo por meios inesperados e irrisórios; e de outro, o intenso sentimento de patriotismo e de orgulho nacional.
Na primeira parte do livro não ocorre nem uma única vez o nome de Deus; no suplemento, ao contrário, essa ausência do nome divino é como que corrigida. Entretanto, a ação da providência divina faz-se sentir a cada passo na sucessão dos acontecimentos sempre favoráveis ao povo eleito e que deram lugar à instituição da festa nacional de Purim.

O Livro de Tobias pode ser lido e relido sem excetuar-se trecho algum. No Livro de Judite é particularmente notável a magnífica oração do capítulo 9, no meio da cativante narrativa da libertação de Betúlia. No Livro de Ester podemos ler com proveito as duas orações de Mardoqueu e de Ester (capítulo 13 e 14) e em seguida a intervenção de Ester junto ao rei Assuero (capítulo 5 ao 7).

João Pessoa, 23 de abril de 2013.

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