GRUPO DE COROINHAS KAIRÓS
14ª FORMAÇÃO PARA OS
CERIMONIÁRIOS

BÍBLIA – ANTIGO TESTAMENTO
LIVROS HISTÓRICOS - II
Josué
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Segundo livro das Crônicas
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Juízes
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Esdras
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Rute
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Neemias
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Primeiro Livro de Samuel
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Tobias
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Segundo Livro de Samuel
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Judite
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Primeiro Livro dos Reis
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Ester
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Segundo Livro dos Reis
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Primeiro Livro dos Macabeus
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Primeiro Livro das Crônicas
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Segundo Livro dos Macabeus
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Esses
três livros apresentam um aspecto comum que deve ser caracterizado antes de
passarmos a uma análise particular de cada um. Não são obras meramente
históricas. A verdadeira intenção dos escritores é: servir-se de elementos históricos conhecidos como uma moldura, na qual
se inseriram sob uma forma concreta, ensinamentos religiosos.

TOBIAS
O
Livro de Tobias foi certamente escrito em aramaico na metade do século II a. C.
O texto primitivo só nos foi conservado em versões gregas e latinas que por
vezes discordam entre si, como indicam as variantes nas notas do texto. A história de Tobias tem uma grande importância religiosa.
Caracteriza-se pela comovente história do ideal religioso de uma família
israelita que primava pela fé. Apresenta-se a história como transcorrida na
cidade de Nínive, no tempo do exílio.
Características: VIRTUDE – PIEDADE – FIDELIDADE.

JUDITE
O
Livro de Judite não nos foi conservado em seu texto hebraico. Resta-nos apenas
sua tradução grega. O autor é ignorado. Pela descrição de uma situação concreta, a libertação de Betúlia,
sitiada por Holofernes, general de Nabucodonosor, o autor quer demonstrar que a
confiança em Deus, manifestada por fiel dedicação ao seu serviço, acaba
triunfando de todas as potências terrestres, por mais temíveis que sejam.

O
Livro de Ester, cuja parte principal subsiste ainda em hebraico, contém uma
série de suplementos escritos em grego assaz tardio. Para explicarmos de onde
vem esses suplementos, podemos pensar numa tradução independente do texto
primitivo ou numa adição de data mais recente.
São
Jerônimo quando traduziu a Bíblia para o latim (fim do século 4º da nossa era),
colocou esses suplementos num apêndice. Nossa tradução reproduz fielmente essa
disposição, explicada nas notas que acompanham o texto.
O autor é desconhecido. Podemos supor que ele tenha
vivido no fim do século quarto a. C. O livro retrata época persa, durante a
qual os judeus eram dominados e oprimidos por estrangeiros.
Lemos
aí o célebre episódio do decretado morticínio dos judeus, frustrado pela
intercessão da rainha Ester, ao qual se seguiu a tremenda vingança, cruel e
violenta, por parte dos judeus.
O
autor parece ter querido inculcar o leitor, de um lado a ideia de que Deus
salva seu povo por meios inesperados e irrisórios; e de outro, o intenso
sentimento de patriotismo e de orgulho nacional.
Na
primeira parte do livro não ocorre nem uma única vez o nome de Deus; no
suplemento, ao contrário, essa ausência do nome divino é como que corrigida.
Entretanto, a ação da providência divina faz-se sentir a cada passo na sucessão
dos acontecimentos sempre favoráveis ao povo eleito e que deram lugar à
instituição da festa nacional de Purim.
O
Livro de Tobias pode ser lido e relido sem excetuar-se trecho algum. No Livro
de Judite é particularmente notável a magnífica oração do capítulo 9, no meio
da cativante narrativa da libertação de Betúlia. No Livro de Ester podemos ler
com proveito as duas orações de Mardoqueu e de Ester (capítulo 13 e 14) e em
seguida a intervenção de Ester junto ao rei Assuero (capítulo 5 ao 7).
João Pessoa, 23 de abril de 2013.
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